quarta-feira, 3 de junho de 2009

Agradecimentos


O nosso grupo de trabalho agradece inteiramente a ajuda preciosa, disponibilidade e interesse da Srª Drª Cláudia Freire, psicóloga de Leiria, que nos auxiliou na realização deste trabalho, esclarecendo algumas dúvidas, de modo a corrigir a informação adquirida para obter alguma credibilidade. Também agradecemos aos alunos da nossa escola que realizaram os nossos inquéritos sobre a esquizofrenia que nos permitiu ter uma noção da informação que a sociedade tem deste tema e se, de algum modo, seria possível integrar um doente esquizofrénico na sociedade e a todos os leitores do nosso blog.
Com isto, finalizamos o nosso blog e trabalho da disciplina de Área de Projecto neste ano lectivo 2008/2009 do 12º ano. Esclareceremos todas as dúvidas posteriores a esta finalização e esperemos que tenha sido interessante e cativante para todos.

Elementos do grupo:

Diana;
Ekaterina;
Mónica.
Leiria

Conclusão Pessoal do Grupo


Como conclusão final e resposta a questão central, “Será que um doente esquizofrénico consegue inserir-se na sociedade?”, podemos afirmar que sim, é possível, em alguns casos um doente esquizofrénico inserir-se na sociedade e inclusive exercer uma profissão. Contudo, na sua maioria, a integração processa-se de um modo muito difícil e por vezes até chega a ser impossível, visto que se trata de uma doença de foro metal bastante instável. Assim, destacamos o facto, de que como qualquer outro doente, os indivíduos esquizofrénicos não têm culpa da doença que sofrem e o seu comportamento é baseado naquilo que acham correcto e aceitável, “no seu mundo”, o que muitas vezes não está de acordo com a realidade. Por isso, deixamos aqui o apelo para que se ponham no lugar destes doentes, que como alguns outros não têm hipótese de cura, pois imagine:

Como seria se a sua vida tal como a conhece, e as memórias do seu passado, não desaparecessem, simplesmente nunca tivessem existido.

Esquizofrénicos Famosos



John Forbes Nash

Matemático, professor e Prémio Nobel da Economia cuja vida é retratada no filme “Uma Mente Brilhante” (A Beautiful Mind) nasceu a 13 de Junho de 1928 em Bluefield, West Virginia, nos Estados Unidos.



Syd Barrett

Um dos fundadores da famosa banda inglesa “Pink Ployd”, originalmente era o vocalista, guitarrista e principal compositor da banda. Foi também um guitarrista inovador, um dos primeiros a explorar completamente as capacidades sonoras da distorção e especialmente da máquina de eco.



Jack Kerouac

Escritor franco-americano, nasceu a 12 de Março de 1922, em Lowell, Massachusetts, e faleceu a 21 de Outubro de 1969, em St. Petersburg, na Florida.
Escreveu a sua obra-prima “On The Road”, em 1957, livro que seria consagrado mais tarde como a “bíblia hippie”, em apenas três semanas.



Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh, (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890), aclamado pintor holandês, considerado o pioneiro na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas e cujo talento só foi reconhecido após a sua morte.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É Capaz de Exercer uma Profissão?


A esquizofrenia é uma doença pouco noticiada, embora toda a gente tenha ouvido falar dela poucos sabem o que realmente é. Por isso, e tal como acontece com inúmeras outras doenças, os indivíduos que sofrem dela são muitas vezes discriminados e postos de lado pela sociedade. Contudo existem casos de sucesso. A família é um elemento muito importante na constituição de um indivíduo, nos seus hábitos, é a base para grande parte do seu comportamento. Torna-se assim importante referir que o ambiente familiar tem grande importância na recuperação de um indivíduo doente, e neste caso em particular, ganha relevo, já que se trata de um distúrbio que provoca a perda da noção da realidade, onde o apoio familiar pode contribuir para uma melhor reintegração no mundo real. Quando os distúrbios não são muito profundos, ou seja, o doente ainda não atingiu o estado de paranóia, é possível, de um modo mais fácil, que estes recuperem e desfrutem de uma vida “normal”, apesar de continuarem sujeitos a medicação, já que cerca de 3/4 dos doentes em recuperação de um quadro agudo de esquizofrenia mostra algum afastamento social, preferindo estar sozinhos. Dado este contexto patológico, o sujeito diagnosticado com alguma forma de esquizofrenia, não detém aptidões quer cognitivas, quer de natureza social para o exercício de uma actividade profissional regulada, apesar disso, existem excepções, em que os esquizofrénicos revelam aptidões “artísticas”. Assim, torna-se possível, se de uma forma controlada, que uma pessoa que sofra de esquizofrenia exerça uma profissão e que se torne útil socialmente. Existem até casos de pessoas, que embora sofressem desta doença, conseguiram tornar-se famosas, quer pelo facto de combaterem a doença de forma notável, quer por se destacarem nas suas áreas de trabalho.

É Socialmente Activo?

A esquizofrenia, devido às suas características, foi durante muito tempo um sinónimo de exclusão social…No entanto não pode ser encarada como uma desgraça: tem que ser vista como uma barreira que impede o desenvolvimento natural!!!

Os aspectos essenciais da Esquizofrenia são um misto de sinais e sintomas característicos (tanto positivos como negativos) que estiveram presentes por um período de tempo significativo durante 1 mês (ou por um tempo menor, se tratados com sucesso), com alguns sinais do transtorno persistindo por pelo menos 6 meses. Esses sinais e sintomas estão associados com acentuada disfunção social ou ocupacional.A Esquizofrenia envolve disfunção numa ou mais áreas importantes do funcionamento (por ex., relações interpessoais, trabalho, educação ou higiene).
Se a perturbação começa na infância ou adolescência, entretanto, pode haver um fracasso em conquistar o que seria esperado do indivíduo. O progresso educacional frequentemente está perturbado, podendo o indivíduo ser incapaz de terminar a escola. Muitos indivíduos são incapazes de manter um trabalho por períodos prolongados de tempo. A maioria (60-70%) dos indivíduos com Esquizofrenia não se casa, e a maior parte mantém contactos sociais relativamente limitados.Os indivíduos que eram socialmente activos podem perder o interesse em actividades com as quais anteriormente sentiam prazer, tornar-se menos faladores e curiosos, e passar a maior parte de seu tempo isolados.

Instituições / Apoios

Para o esquizofrénico obter uma maior qualidade de vida, sucesso, autonomia e realização pessoal, é importante que o processo de reabilitação seja um processo contínuo. Para atingir estes objectivos, além do conhecimento por parte do doente sobre a sua doença para conseguir controlá-la, foram criadas estruturas de apoio, denominados equipamentos substitutivos (à estrutura de manicómios) como por exemplo:
  • CAPS (Centros de Atenção psicossocial);
  • Centros de Convivência;
  • Oficinas;
  • Hospitais dia;
  • Serviços residenciais terapêuticos;
  • Empregos apoiados;
  • Fóruns sócio-ocupacionais.
Os esquizofrénicos sofrem geralmente um período em que os seus sintomas são particularmente graves. Assim, a maioria das pessoas com esta doença precisam de ser hospitalizadas durante esse período de tempo ou quando sofrem uma recaída, que pode ser devida à interrupção da medicação. Porém, quando a medicação se mostra eficaz, podem ser tratados em centros de dia ou de reabilitação ou outros serviços.
Deste modo, em geral, o modo de apoio a estes doentes nas instituições e outros (no que diz respeito também ao modo de tratamento), como por exemplo no ambiente familiar, a intervenção situa-se a nível de:
  • Acompanhamento médico-medicamentoso;
  • Psicoterapia;
  • Terapia ocupacional (individual ou em grupo);
  • Intervenção familiar;
  • Psicoeducação.
Quando o tratamento é baseado só pela psicoterapia, por vezes não é eficaz no tratamento dos sintomas da esquizofrenia. Assim, o aconselhamento individual e em grupo e a informação sobre a doença podem fornecer apoio, desenvolvimento de competências e amizade não só para os doentes como para as suas famílias. Investigações mostram que as pessoas que seguem programas estruturados de reabilitação psicossocial e continuam com o seu tratamento médico controlam melhor a sua doença.
Também, existem programas especiais que são aplicados como uma abordagem psicossocial muito eficaz nos doentes mais graves ou aqueles que além de sofrerem uma doença mental também sofrem de abuso de substâncias. Estes programas conjugam o esforço intensivo de equipas em comunidades locais para ajudar as pessoas a permanecerem fora do hospital e a viverem de forma independente. Assim como os assistentes sociais e outros técnicos do terreno ajudam os doentes a resolver eficazmente os seus problemas quotidianos, certificando-se que os medicamentos estão a ser tomados da forma correcta e ajudam-nos a lidar com os desafios da vida do quotidiano (compra de alimentos, gestão financeira).
A intervenção activa da família é especialmente essencial para o tratamento, reabilitação e reinserção social, tendo os técnicos de apoio uma função muito importante que é de ajudar de modo a permitir que esta sobreviva às dificuldades. Assim, também o ambiente envolvente do esquizofrénico é benéfico, se proporcionar o alívio de tensões, como foi visto nos tratamentos.

Representa um Risco/Perigo para a Sociedade

Sendo a nossa problematização do trabalho: “Um doente esquizofrénico pode inserir-se na sociedade?”, realizámos uns inquéritos (apresentados em anexo, assim como os respectivos gráficos de analise) que foram realizados por alguns alunos da nossa escola, para analisarmos a nossa sociedade escolar em termos de informações e aproximação deste tema da esquizofrenia. O nosso objectivo em concreto foi de termos uma percepção da possibilidade da integração de uma pessoa esquizofrénica nesta amostra de população e verificarmos a consciência desta população acerca deste tema, ou seja, se têm informações acerca deste ou se têm percepções erradas sobre os esquizofrénicos.
Tendo em conta a afirmação adquirida podemos afirmar que de um modo geral as pessoas têm consciência que esta é doença do foro mental, contudo, erradamente confundem-na com distúrbios de personalidade, sendo vaga a noção do que realmente se trata. De uma forma geral o sentimento de indiferença predomina, o que pode dificultar a integração dos sujeitos esquizofrénicos na sociedade em geral, o que pode dar origem a preconceitos e discriminação.
De um modo mais geral, a indiferença e a falta de informação por parte da população desencadeia a falta de apoio e marginalização destes doentes, porém dependendo do distúrbio e da fase em que se encontra, o sujeito pode ter uma vida “normal”, e quando controlado e apoiado pode mesmo exercer uma profissão.
Em suma, estes indivíduos não têm necessariamente de representar um perigo para quem os rodeiam, pois com o devido acompanhamento podem ser socialmente activos, porque com a falta destes podem tornar-se realmente perigosos, o que acontece frequentemente quando estes se tornam sem-abrigo.

Como são Vistos pela Sociedade

A esquizofrenia é uma doença mental que é diagnosticada em pessoas e sendo pessoas, estão inseridas numa sociedade, porém, dependendo da sociedade e das pessoas envolventes nelas e do tempo histórico, os esquizofrénicos podem ser vistos e tratados de maneira diferente dos outros, ou seja, o significado de esquizofrenia é diferente conforme os países e os seus pontos de vista dos grandes psiquiatras e pessoas neles envolventes. Também, ainda existem muitos mitos e incompreensões acerca desta doença, o que dificulta a sua inserção perante a sociedade. No que diz respeito ao abuso perante a sociedade sobre a esquizofrenia e a exclusão social, diagnósticos de esquizofrenia já foram usados para fins políticos em vez de terapêuticos. Na União Soviética criaram uma subclassificação de esquizofrenia para silenciar os dissidentes políticos ou forçá-los a desistir das suas ideias através da utilização forçada do tratamento. Também houve situações semelhantes na China, ou seja, houveram abusos de psiquiatras. A doença mental é frequentemente relacionada com exemplos do quotidiano que nos aparecem: um mendigo que deambula pelas ruas, que fala sozinho e que diz ter 16 personalidade; crianças tímidas e introvertidas, com dificuldades ao nível de relacionamento e com pouca interacção emocional e os adolescentes que enfrentavam a sua fase crítica de aceitamento. Isto levou à exclusão social, apesar de ser puramente subjectivo e precipitado. Assim, um dos maiores medos que a pessoa com esquizofrenia sente é o de ser acusada por preconceitos sociais relativamente à sua doença, em particular a ideia de que a pessoa é violenta e perigosa, ideia esse que estudos recentes põem completamente de lado. Deste modo, uma das grandes dificuldades destes doentes é também a sua integração no mercado de trabalho, existindo uma grande competitividade, levando a que muitos acabem por desistir. Os esquizofrénicos também podem apresentar sintomas depressivos, mesmo sem ter haver com a doença. As desilusões e desapontamentos dos fracassos em manterem um emprego ou tentar voltar a estudar ou ter um grupo de amigos, leva os esquizofrénicos a ter sentimentos de frustração. O suicídio é também outro aspecto frequente, que pode ter origem em vários factores: o sofrimento psíquico associado à própria vivência psicótica e o aspecto crónico e recorrente da doença que afecta muitos jovens. Porém, o tratamento da esquizofrenia pode ajudar a tratar os sintomas, e a permitir que os doentes possam viver as suas vidas de forma satisfatória e produtiva. Como curiosidade, uma em casa 100 pessoas é esquizofrénica, independentemente da sua raça, cultura e classe social, porém, segundo estudos, depende de outros factores (como por exemplo os factores ambientais). Deste modo, é mais frequente em mulheres do que em homens, afecta mais imigrantes do que nativos, é mais comum em cidades do que nas áreas rurais e afecta mais os países desenvolvidos do que nas nações mais pobres e manifesta-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, podendo variar de região para região.

Modos de Lidar com a Doença

Perante uma pessoa esquizofrénica, o apoio da sua família ou amigos é um esforço muito difícil e emocionalmente desgastante, principalmente quando o doente tem uma recaída. Para a família pode significar uma carga financeira pesada que afecta o trabalho e a vida quotidiana dos familiares e por vezes, a reacção emocional por parte das pessoas que cuidam dos esquizofrénicos e o método que usam para lidar com eles não são eficazes ou os mais indicados, como por exemplo, controlar o comportamento da pessoa, criticando-a ou protegendo-a excessivamente. Deste modo, é importante as famílias receberem informações adequadas sobre a doença e o seu tratamento, bem como receberem aconselhamento familiar, para lhes dar apoio emocional e conselhos práticos sobre o modo de como controlar o comportamento do esquizofrénico. Assim, os grupos de apoio e outras instituições, são bastantes importantes no acompanhamento do doente e da família durante toda a evolução da doença, sendo uma das etapas principais da família, que é juntar-se a um grupo de apoio.
Como já foi referido, a família dos doentes com esquizofrenia é uma peça muito importante a todo o nível, tanto como social, como também apenas para sobreviver, cuidando deles de acordo com as suas necessidades e disponibilidade dos serviços de saúde mental e de apoio à comunidade de forma a proporcionar uma vida independente do doente, ajudando-o a controlar a sua doença.
Assim, as famílias que tratam, com mais sucesso, um familiar que sofre de esquizofrenia são aquelas que aceitam a doença e as suas dificuldades, que são realistas naquilo que esperam do doente e delas próprias. Desenvolver e manter estas atitudes é um processo em curso para a maioria das pessoas, mas isto pode acontecer mais fácil e rapidamente com o apoio compreensivo dos outros.
A contínua investigação científica está sempre em evolução podendo trazer novas descobertas e novos tratamentos que, no futuro, darão uma nova esperança para os doentes esquizofrénicos. Por enquanto, deve-se tentar ajudar o doente a viver a vida da melhor maneira forma possível, para tentar concretizar uma vida normal e integrado na sociedade.

Diagnóstico

O diagnóstico da esquizofrenia tem sido criticado como desprovida de validade científica.

Críticas:
  1. Não existe uma dimensão individual da doença em que varia continuamente;
  1. Falta de coerência nas definições utilizadas para os critérios, sendo importante para a avaliação das ilusões e a desordem no pensamento, uma vez que os sintomas não são específicos, englobando diferentes comportamentos.
Estudos publicados afirmam que o diagnóstico de esquizofrenia é muitas vezes subjectivo e pouco fiável e que o diagnóstico tende a atingir cerca de 65% de fiabilidade. Deste modo, alguns críticos sugerem o abandono deste diagnóstico.
Algumas pessoas, com um estudo relativamente novo, já apresentaram uma maneira de fazer um diagnóstico através da presença de défices neorocognitivos específicos. Estes assumem a forma de uma redução em funções psicológicas básicas, como a memória, atenção, função executiva e resolver problemas. Esta é a causa da maioria dos pacientes esquizofrénicos.
Porém, alguns investigadores teorizam que talvez seja possível, no futuro, criar um teste genético para facilitar o reconhecimento das pessoas em risco.

domingo, 17 de maio de 2009

Tratamento

Antigamente, a doença da esquizofrenia era em todo desconhecida, pensando que eram possuídos em muitos casos. Deste modo, muitos tratamentos ou experiências foram testados nestes doentes esquizofrénicos, havendo muitos resultados negativos. Como por exemplo, o Dr. Ewen Cameron acreditava ter encontrado uma cura para a esquizofrenia. A sua teoria era de que o cérebro poderia ser reprogramado para ser saudável através da imposição de novos padrões de pensamento. O seu método consistia em fazer os pacientes usarem auscultadores e ouvirem mensagens tocadas repetidas muitas vezes por dia ou até semanas, para fazerem ou pensar como a mensagem menciona. Porém, concluiu-se como sendo um fracasso, quando até a CIA utilizou.

Presentemente não se conhece a cura, mas podem haver várias intervenções perante a esquizofrenia (para ajudar a tratar os sintomas):
  • Acompanhamento médico-medicamentoso;
  • Psicoterapia;
  • Terapia ocupacional (individual ou em grupo);
  • Intervenção familiar;
  • Psicoeducação.
Os medicamentos principais para a esquizofrenia chamam-se antipsicóticos (os neurolépticos) que actuam nos receptores da dopamina no cérebro reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor, bloqueando os receptores ou vias da dopamina (apoia a teoria neurobiológica) ligados ao Sistema límbico do cérebro e o seu sucesso constitui uma forte evidência da importância das alterações bioquímicas na patogenia da doença conhecida como hipótese dopamínica (que talvez sejam uma resposta secundária a eventos causadores da doença como o são as alterações comportamentais). São eficazes no alívio dos sintomas em 70% dos casos.
Deste modo, estes fármacos ajudam a aliviar os sintomas da esquizofrenia, ajudando a corrigir o desequilíbrio bioquímico do cérebro. Porém, usualmente os doentes com doenças mentais podem necessitar de experimentar diversos antipsicóticos antes de encontrarem o medicamento (ou uma combinação destes) mais adequado.
Em concreto existem dois grandes grupos de medicamentos para tratar a esquizofrenia, sendo estes:
  • Neurolépticos típicos ou convencionais (por exemplo: haloperidol, clorpromazina, evomepromazina,...);
  • Atípicos ou de nova gereção (por exemplo: risperidona, olanzapina, clozapina,...).
Como exemplos, cada antipsicótico pode servir para tratar especificamente algum factor da esquizofrenia:
  • Esquizofrenia;
  • Transtornos delirantes;
  • Crises maníacas;
  • Transtorno de Tourette;
  • Depressão psicótica ;
  • Psicoses tóxicas e orgânicas;
  • Patologia de Huntington;
  • Transtorno esquizoafectivo;
  • Autismo.
Estes fármacos têm efeitos secundários: boca seca, prisão de ventre, visão turva e sonolência. Em alguns casos, as pessoas ficam com menos desejo sexual, têm alterações menstruais ou sofrem um aumento significativo de peso. Também existem outros efeitos secundários que se relacionam com os músculos e com o movimento, como a inquietação motora, rigidez, tremores e existe com menos frequência (entre 15 a 20% pessoas que utilizam estes medicamentos, geralmente após vários anos de tratamento) o efeito mais desagradável e grave dos medicamentos antipsicóticos, sendo difícil de tratar, que é a discinesia tardia. Esta consiste em movimentos faciais incontroláveis e, por vezes, em movimentos anormais de outras partes do corpo. Todavia, usando os antipsicóticos mais recentes, os chamados atípicos, é muito menos provável desenvolver este tipo de problema.
Presentemente, existem pesquisas que estão a desenvolver medicamentos mais eficientes e procurando entender as causas da esquizofrenia para encontrar formas de prevenção e tratamento. Também, através da Imagiologia cerebral, que consiste em retirar informações preciosas a nível do funcionamento orgânico das áreas disfuncionais e afectadas nestes sujeitos através de imagens de alta resolução do cérebro pode-se analisar os danos cerebrais da esquizofrenia e avaliar a eficácia dos medicamentos, na evolução dos danos causados pela progressão desta doença.

É vital o reconhecimento precoce dos sinais de esquizofrenia, pois o tratamento da esquizofrenia com o aparecimento dos primeiros sintomas é mais favorável.
O conhecimento por parte do doente acerca da sua doença e os seus sintomas é bastante útil, desempenhando um papel activo no tratamento e controlo da mesma. Assim, os cuidados que um esquizofrénico deve ter são:
  • Permanecer fiel ao seu tratamento;
  • Conservar um ritmo de sono com as horas necessárias;
  • Evitar o stress;
  • Manter rotinas normais, de higiene, alimentação, actividade em casa e no exterior;
  • Evitar as drogas;
  • Procurar ter horas para dormir, comer e trabalhar;
  • Fixar um programa de actividades para cada dia;
  • Permanecer em contacto com outras pessoas;
  • Manter o contacto com o psiquiatra/equipa de saúde mental;
  • Praticar desporto.
A intervenção activa da família é essencial para o tratamento, reabilitação e reinserção social, onde, com auxílio de técnicos de apoio, permite que esta sobrevive às dificuldades. Assim, a família deve estar preparada para as recaídas do doente e é importante o apoio, a comunicação e as visitas.
Também, de acordo com a influência dos factores ambientais como causa da doença, proporcionar alivio das tensões e tudo que traga tranquilidade ou que relaxe também é benéfico.
Porém cada tratamento e a situação de doença depende de cada um dos indivíduos, pois pode variar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Teorias

Teoria genética:
Esta teoria admite que vários genes podem estar envolvidos, embora não tenham sido completamente esclarecidos os genes implicados e os modos de transmissão, contribuindo juntamente com os factores ambientais para o eclodir da doença. Num dos estudos, os investigadores analisaram o líquido cerebroespinal de esquizofrénicos, apresentando sinais de actividade de retrovirus que normalmente se encontram dormentes no organismo. Estes retrovirus ao contrário do HIV (um retrovirus), inserem-se e fazem parte do genoma humano, embora de uma forma inactiva, há já milhões de anos. Os autores admitem, porém, que este estudo não demonstra que os retrovirus são os causadores da doença, já que a sua activação pode ser causa ou consequência da mesma. Porém, nem todos os pacientes com esquizofrenia tinham esses retrovirus activados, o que indica que este mecanismo pode ser apenas importante em alguns tipos de esquizofrenia. Noutros estudos, descobriram que os esquizofrénicos têm baixa actividade em 5 genes que ajudam a produzir a mielina, uma camada protectora das fibras nervosas, sugerindo que esta doença está relacionada com o desenvolvimento das fibras nervosas na passagem da adolescência para o estado adulto. Neste período dá-se normalmente a formação de mielina, sendo uma teoria consistente. Estudos revelam que a probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso desta doença na família. Todavia, mesmo com ausência de história familiar a doença pode ocorrer, sendo 91 % os pacientes com esta doença e sem familiares esquizofrénicos. Presentemente, os estudos de genética molecular têm demonstrado apenas regiões cromossómicas sugestivas (cromossomas 6, 13 e 22), mas ainda não foi possível identificar os genes responsáveis pela doença.

Teoria neurológica:
A Teoria neurológica defende que a esquizofrenia é essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro, com uma disfunção dopaminérgica e alterações noutros neurotransmissores, nalgumas zonas cerebrais. Nos esquizofrénicos as anomalias estão no controlo da produção de dopamina nos pontos de contacto entre os neurónios (a fenda sináptica). Dopamina é uma substância que está presente no cérebro e que, com outros neurotransmissores, tem por objectivo transmitir o impulso nervoso de uma célula para outra célula do cérebro. É fundamental para o controlo e execução de cada movimento voluntário. Assim, a actividade dopaminérgica e áreas cerebrais determinadas são responsáveis pelos sintomas mais característicos da esquizofrenia (delírios, alucinações). Se haver hipoacitividade de vias dopaminérgivas desencadeiam-se sintomas negativos e se haver hiperactividade dopaminérgica desencadeiam-se sintomas positivos. Alguns fármacos podem desenvolver alguns sintomas característicos da esquizofrenia, aqueles que aumentam a actividade dopaminérgica. Uma equipa coordenada por Paul Thompson (professor assistente de neurologia) comparou exames das imagens dos cérebros de doentes com os de adolescentes saudáveis (através da imagiologia), a fim de identificar as modificações estruturais que ocorreram ao longo de cinco anos. Os investigadores detectaram alterações cerebrais nos esquizofrénicos, relacionados com o agravamento dos sintomas. Especificamente, segundo a investigação tudo começa com uma pequena perda na região parietal, área associada a funções como pensamento lógico. Seguidamente, verifica-se uma aceleração da perda de tecido neuronal que resulta na propagação da destruição tecidular por todo o cérebro, afectando áreas importantes para funções básicas como o movimento e a audição. Desta forma, este conjunto de acontecimentos reflecte os sintomas que caracterizam a esquizofrenia. No período de tempo de final da adolescência e início da vida adulta é normal haver uma leve perda de tecido cerebral, levantando-se a hipótese de que a esquizofrenia surja neste período, ocorrendo uma aceleração anormal ou uma alteração nesta perda, mas ainda não se sabe o que provoca este problema. Também, relacionado com o factor ambiental e psicológico, determinadas áreas cerebrais podem ser afectadas pelo stress de um trauma psicológico ou de exposição pré-natal a infecções ou desnutrição.

Teoria psicanalítica:
Tem como base a teoria freudiana da psicanálise, onde a ausência de gratificação oral ou da relação inicial entre a mãe e o bebé conduz a personalidades desinteressadas, indiferentes no estabelecimento das relações, podendo estar na origem da esquizofrenia.

Teoria familiar:
Esta teoria não tem muito fundamento científico, baseando-se no tipo de comunicação entre os vários elementos das famílias, onde se dá o conceito de “mães esquizofrénicas”, isto é, mães com comportamento possessivo e dominante com os seus filhos, como factor da origem das personalidades esquizofrénicas.

Teoria dos factores ambientais/sociais:
Os períodos de depressão, stress, pânicos, vulnerabilidade, ambientes desfavoráveis e alterações comportamentais contínuos ou conflitos podem desencadear ou agravar a esquizofrenia, uma vez que muitas pessoas foram “testemunhas” disso. Exposição pré-natal a viroses apresentam risco mais elevado para esquizofrenia. Também as complicações de gravidez e parto, como por exemplo o baixo peso ao nascer, prematuridade, trabalho de parto prolongado, pré-eclâmpsia (intoxicação durante a gravidez, caracterizada pelo aumento da pressão arterial), ruptura prematura de membranas e complicações pelo cordão umbilical são promotoras desta doença. A privação nutricional durante a gestação tem efeito duas vezes maior sobre a ocorrência de esquizofrenia.

Causas da Esquizofrenia


Perante a doença de esquizofrenia, a causa em concreto é desconhecida, ou seja, ainda não foi descoberta. Porém, existem diversas teorias que se propõem, pensando mesmo que pode não existir uma única causa a provocar a doença. Assim, a esquizofrenia é uma doença heterogénea de grande complexidade, tendo diferentes conceitos e subtipos que dificulta em saber qual é a causa desta doença. É aceite pela comunidade científica que a esquizofrenia é uma perturbação com origem na interacção de factores genéticos, de desenvolvimento e ambientais e, portanto, é uma condição de etiologia complexa. O estudo das causas da esquizofrenia não são restritas a um campo apenas científico, existem grandes avanços em relação a esta, devido especialmente à área da Imagiologia, que permite retirar informações preciosas a nível do funcionamento orgânico das áreas disfuncionais e afectadas nestes sujeitos, em tempo real através de imagens de alta resolução do cérebro. Esta doença afecta cerca de 1% da população mundial e os sintomas aparecem normalmente numa época crucial: o final da adolescência/início do estado adulto. A percepção da realidade, os pensamentos e as sensações ficam profundamente alteradas.

Sintomas


A esquizofrenia pode desenvolver-se gradualmente, tão lentamente que nem o paciente nem as pessoas próximas percebam que algo está errado: só quando comportamentos abertamente absurdos se manifestam. Por outro lado há pacientes que desenvolvem esquizofrenia rapidamente, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda o seu comportamento e entra no mundo “esquizofrénico”, o que geralmente alarma e assusta muito os familiares. Geralmente os primeiros sintomas são:

  • a dificuldade de concentração, que pode prejudicar o rendimento nos estudos;
  • estados de tensão de origem desconhecida mesmo pela própria pessoa;
  • insónias;
  • desinteresse pelas actividades sociais;
  • isolamento.
Enquanto o tempo passa os sintomas se aprofundam, o paciente apresenta uma conversa estranha, irreal, passa a ter experiências diferentes e não usuais. No que se refere às manifestações clínicas da doença, podem distinguir-se sintomas positivos e negativos:

Sintomas positivos:

Alucinações: este sintoma evidencia-se com a percepção de qualquer coisa que, na realidade, não existe. O exemplo mais comum de alucinação é a alucinação auditiva, devido à qual o doente ouve vozes que, na realidade, não existem e que, por isso, as outras pessoas não ouvem.

Delírios: são falsas convicções das quais o doente está seguro, pelo que convencê-lo do contrário é impossível. O doente pode convencer-se de que os outros têm as mesmas convicções que ele ou então de que é dotado de poderes especiais.

Comportamento bizarro: manifesta-se sob a forma de um comportamento extravagante ou agressivo no confronto com situações que o doente não consegue enfrentar de outro modo.

Dissociação do pensamento: na prática, é a distorção da forma de pensamento, como a tendência para construir frases incompreensíveis, inventar palavras inexistentes, passar sem parar de um argumento para outro. Resumindo, o indivíduo tende a manifestar ideias absurdas.

Sintomas negativos:

Mais do que de sintomas, deve falar-se de perda de sentimentos e emoções, pois o doente não reage aos acontecimentos que deveriam perturbá-lo e não experimenta as emoções que outras pessoas em determinadas circunstâncias experimentam. O comportamento, torna-se, por isso, abúlico, sem iniciativa, notando-se uma perda da energia interior e uma enorme restrição de interesses e actividades. As relações sociais diminuem, a afectividade torna-se menos marcada. Em síntese, o esquizofrénico manifesta:
  • Falta de emoções;
  • Isolamento;
  • Dificuldade de concentração;
  • Apatia, ou estado de total indiferença e desinteresse face a qualquer tipo de estímulo.

Diferentes Tipos de Esquizofrenia

Podemos dizer que são todos diferentes, pois existem 6 tipos diferentes de esquizofrenia.

Esquizofrenia residual:
Refere-se a uma esquizofrenia que já tem muitos anos e com muitas consequências. Neste tipo de esquizofrenia podem predominar sintomas como o isolamento social, o comportamento excêntrico, emoções pouco apropriadas e pensamentos ilógicos.

Esquizofrenia simples:
Normalmente, começa na adolescência com emoções irregulares ou pouco apropriadas, pode ser seguida de um demorado isolamento social, perda de amigos, poucas relações reais com a família e mudança de personalidade, passando de sociável a anti-social e terminando em depressão. É também pouco frequente.

Esquizofrenia Indiferenciada:
Apesar desta classificação, é importante destacar que os doentes esquizofrénicos nem sempre se encaixam perfeitamente numa certa categoria. Também existem doentes que não se podem classificar em nenhum dos grupos mencionados. A estes doentes pode-se atribuir o diagnóstico de esquizofrenia indeferenciada.

Esquizofrenia Paranóide:
Predominam sintomas positivos como alucinações e enganos, com uma relativa preservação o funcionamento cognitivo e do afectivo, o inicio tende ser mais tardio que o dos outros tipos. É o tipo mais comum e de tratamento com melhor prognóstico, particularmente com relação ao funcionamento ocupacional e à capacidade para a vida independente.

Esquizofrenia Catatónica:
Sintomas motores característicos são proeminentes, sendo os principais a actividade motora excessiva, extremo negativismo (manutenção de uma postura rígida contra tentativas de mobilização, ou resistência a toda e qualquer instrução), mutismo, cataplexia (paralisia corporal momentânea), ecolalia (repetição patológica, tipo papagaio e aparentemente sem sentido de uma palavra ou frase que outra pessoa acabou de falar) e ecopraxia (imitação repetitiva dos movimentos de outra pessoa). Necessita cuidadosa observação, pois existem riscos potenciais de desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou ferimentos auto-infligidos. O tratamento, portanto, é bem difícil.

Esquizofrenia Desorganizada:
Discurso desorganizado e sintomas negativos como comportamento desorganizado e achatamento emocional predominam neste tipo de esquizofrenia. Os aspectos associados incluem trejeitos faciais, maneirismos e outras estranhezas do comportamento. É o tipo que tem tratamento mais complicado.
Também e de referir um outro tipo que é esquizofrenia infantil, um tipo raro de esquizofrenia (0,5% dos casos), não incluído no DSM. Ocorre bem cedo na vida do indivíduo (os primeiros problemas surgem entre os 6 e 7 anos de idade). É bastante severa, tendo sintomas e disfunções mais intensas, além de um tratamento mais difícil. Ainda não foi perfeitamente explicado o mecanismo que determina a esquizofrenia infantil. Factores ambientais não exercem qualquer influência sobre o aparecimento da doença, o que leva a acreditar que a base dela é puramente genética. Características psicológicas incluem falta de interesse, ecopraxia, ecolalia , baixo QI e outras anormalidades.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Definição de Esquizofrenia


É uma psicose grave que interfere com a capacidade de uma pessoa pensar de forma clara, de lidar com as suas emoções, de tomar decisões e de se relacionar com os outros, isto é, engloba um grupo de psicoses com evolução crónica. Exemplos mais concretos dos seus sintomas são: alterações do pensamento, alucinações, delírios e embotamento emocional com perda de contacto com a realidade. O esquizofrénico não tem consciência da sua doença, dificultando a adesão ao tratamento.

Divisão e Classificação de Doenças Mentais

As doenças mentais podem ser explicadas de várias formas dependendo do tipo de perspectiva, do conhecimento humano, que se está a ter em conta. Com o avanço da tecnologia, o estudo das mesmas torna-se mais preciso, facilitando diagnósticos e prognósticos destas doenças. No campo da medicina, a classificação destas patologias encontra-se em constante alteração, assim como o conhecimento das mesmas.

Em 1952 foi publicado pela primeira vez o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-I), (Manual Diagnostico e Estatístico de Doenças Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria, cuja 4.ª edição foi publicada em 1994. Este manual proporciona um sistema de classificação que tenta separar as doenças mentais em categorias baseadas tanto no diagnóstico e nas descrições dos sintomas (o que dizem e como actuam os pacientes em relação aos seus pensamentos e sensações), como no desenvolvimento da doença.

A Organização Mundial de Saúde publica também um livro com um sistema de classificação semelhante ao do DSM-IV, o que sugere que o diagnóstico das doenças mentais específicas está a ser feito de forma consistente em todo o mundo.

Contudo, para que a classificação destas patologias de torne de mais fácil compreensão apresentamos abaixo uma forma básica de classificar estes distúrbios, que consiste na divisão de duas categorias principais, a neurose e a psicose, em diversas subcategorias mais específicas.



NEUROSE: é chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) do seu problema, ou seja, existe contacto com a realidade, porém há manifestações psicossomáticas, que podem ser notadas pelo individuo, e que servem como “aviso” para a pessoa procurar tratamento psicológico, ou psiquiátrico.

Existem inúmeras subclassificações, como por exemplo:

1) TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo: é a repetição de algum acto diversas vezes durante o dia, não controlável e causador de grande ansiedade;

2) Síndrome do pânico – causa grande aflição e medo perante determinada situação;

3) Fobias – é o medo exagerado a determinada situação. Pode ser medo de ambientes fechados (claustrofobia), medo de água (hidrofobia), medo de pessoas (sociofobia), etc;

4) Transtornos de ansiedade – o indivíduo têm ataques de ansiedade antes ou depois de realizar algo, ou muitas vezes mesmo sem realizá-lo;

5) Depressão – também chamada de distimia, ou depressão maior, caracteriza-se pelo isolamento e medo do mundo exterior. Causa baixa auto-estima e pode levar ao suicídio;

6) Síndrome de Burnout – é a consequência de um grande estímulo de stress, como conflitos no trabalho ou entre a família. Causa isolamento e falta de vontade;

7) Distúrbio bipolar de Animo – O individuo muda de estado de espírito e volta ao normal num curto período de tempo. É um problema que surge com bastante frequência nos dias de hoje e que precisa de acompanhamento médico profissional na maioria dos casos.



PSICOSE: caracteriza-se pela intensa fuga da realidade, é ao que a filosofia e as artes chamam loucura, propriamente dita. Pode ser classificada de três formas: pela manifestação, pelo aspecto neurofisiológico e pela intensidade.

  • Manifestação: divide-se em dois tipos principais:

1) Esquizofrenia: tem como aspectos principais a fuga da realidade, as manias de perseguição, as alucinações, entre outros. Têm ainda subdivisões, que são:

Esquizofrenia paranóica;

Esquizofrenia desorganizada (ou hebefrénica);

Esquizofrenia simples;

Esquizofrenia catatónia;

Esquizofrenia indiferenciada.

2) Transtorno de afecto bipolar: tem por característica picos muito grandes de humor, em pequenos espaços de tempo, nalguns aspectos assemelha-se à depressão e à mania (euforia), por estes dois aspectos este transtorno também é conhecido como psicose maníaco-depressiva. O doente sofre de mudanças de humor constantes, sendo perigoso em fases maníacas, retraído, podendo chegar ao suicídio quando no estado depressivo.

  • Aspecto neurofisiológico:

1) Funcional: afecta apenas o funcionamento do aparelho psíquico.

2) Orgânico: problema caracterizado pelas mudanças ocorridas na química do cérebro, ou em mudanças fisiológicas e estruturais.

  • Intensidade: como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do doente.

1) Aguda: também chamada de fase de surto. Ocorre quando o doente se torna violento, impulsivo e fora da realidade, é necessária observação psiquiátrica constante, pois o doente oferece risco para si e para os outros.

2) Crónica: é a fase de relaxamento do doente, onde ele está fora da realidade, mas não põe em risco os outros, ou a sua própria vida. Este estádio é permanente e resulta de algum caso onde não há cura.

Doença Mental

Ao longo do tempo a natureza e os motivos dos distúrbios mentais têm vindo a ser definidos de modo diferente de acordo com os conhecimentos e crenças das pessoas que os definem, há que ter em conta a região do globo e a época histórica em que estão inseridos. Assim, um bom exemplo do poder inquietante que o tema distúrbios mentais tem sobre as pessoas, são as definições dadas ou as causas que lhe foram atribuídas na idade média, ou mesmo, nos países subdesenvolvidos, onde encontrar-mos sociedades que ainda hoje acreditam que a loucura é o resultado de uma posse demoníaca, o que justificará a prática de magias e rituais. Só na primeira metade do sec. XIX é que estas patologias foram identificadas como doenças do foro psicológico, em que vários estudiosos e posteriormente psiquiatras deram início a pesquisas baseadas nos temas dos delírios dos pacientes. Já no sec. XX, esses estudos foram dirigidos para os mecanismos mentais e para o funcionamento mental perante os distúrbios. Em conformidade, nos dias de hoje, já não se dá exclusiva importância aos produtos da actividade mental, pensamentos ou crenças, mas também ao seu funcionamento. Em suma, podemos definir doença mental como qualquer anormalidade na mente ou no seu funcionamento. A doença mental é conhecida no campo científico como psicopatologia ou distúrbio mental e é campo de estudo da psiquiatria, neurologia e psicologia.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Quem somos?

Somos alunas do 12º ano do curso Ciências e Tecnologias da Escola Secundária de Domingos Sequeira de Leiria.
No âmbito da disciplina de Área de Projecto estamos a desenvolver um trabalho que tem por tema "Doenças Mentais - Esquizofrenia" a realizar no decorrente ano lectivo 2008/2009.

Criámos este blog com o intuito de apresentar a nossa informação recolhida e posteriormente tratada. O nosso objectivo é informar todos os interessados sobre a doença da esquizofrenia e também ,se sentirem a necessidade ou curiosidade, nos questionarem se tiverem algumas dúvidas. Assim, obtemos alguma dinâmica no nosso trabalho e com críticas melhorá-lo. Queremos principalmente alertar e esclarecer a nossa sociedade sobre a esquizofrenia de modo a integrá-los, se nos confrontarmos com alguém com estes sintomas.

Agradecemos a sua visita e o seu tempo disponibilizado.

Diana, Ekaterina e Mónica