terça-feira, 2 de junho de 2009

É Capaz de Exercer uma Profissão?


A esquizofrenia é uma doença pouco noticiada, embora toda a gente tenha ouvido falar dela poucos sabem o que realmente é. Por isso, e tal como acontece com inúmeras outras doenças, os indivíduos que sofrem dela são muitas vezes discriminados e postos de lado pela sociedade. Contudo existem casos de sucesso. A família é um elemento muito importante na constituição de um indivíduo, nos seus hábitos, é a base para grande parte do seu comportamento. Torna-se assim importante referir que o ambiente familiar tem grande importância na recuperação de um indivíduo doente, e neste caso em particular, ganha relevo, já que se trata de um distúrbio que provoca a perda da noção da realidade, onde o apoio familiar pode contribuir para uma melhor reintegração no mundo real. Quando os distúrbios não são muito profundos, ou seja, o doente ainda não atingiu o estado de paranóia, é possível, de um modo mais fácil, que estes recuperem e desfrutem de uma vida “normal”, apesar de continuarem sujeitos a medicação, já que cerca de 3/4 dos doentes em recuperação de um quadro agudo de esquizofrenia mostra algum afastamento social, preferindo estar sozinhos. Dado este contexto patológico, o sujeito diagnosticado com alguma forma de esquizofrenia, não detém aptidões quer cognitivas, quer de natureza social para o exercício de uma actividade profissional regulada, apesar disso, existem excepções, em que os esquizofrénicos revelam aptidões “artísticas”. Assim, torna-se possível, se de uma forma controlada, que uma pessoa que sofra de esquizofrenia exerça uma profissão e que se torne útil socialmente. Existem até casos de pessoas, que embora sofressem desta doença, conseguiram tornar-se famosas, quer pelo facto de combaterem a doença de forma notável, quer por se destacarem nas suas áreas de trabalho.

1 comentário:

memórias de um esquizofrênico disse...

Eu acho que pode sim exercer uma profissão, caso não seja uma esquizofrenia grave e que também a profissão não seja muito estressantes. Também ter uma família bem estruturada ajuda muito. Consegui trabalhar normalmente até o primeiro surto, mas, por falta de condições de ter um bom tratamento e ter que trabalhar sem condições mentais atrapalhou e muito a minha recuperação e assim tive que me aposentar.