quarta-feira, 13 de maio de 2009

Divisão e Classificação de Doenças Mentais

As doenças mentais podem ser explicadas de várias formas dependendo do tipo de perspectiva, do conhecimento humano, que se está a ter em conta. Com o avanço da tecnologia, o estudo das mesmas torna-se mais preciso, facilitando diagnósticos e prognósticos destas doenças. No campo da medicina, a classificação destas patologias encontra-se em constante alteração, assim como o conhecimento das mesmas.

Em 1952 foi publicado pela primeira vez o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-I), (Manual Diagnostico e Estatístico de Doenças Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria, cuja 4.ª edição foi publicada em 1994. Este manual proporciona um sistema de classificação que tenta separar as doenças mentais em categorias baseadas tanto no diagnóstico e nas descrições dos sintomas (o que dizem e como actuam os pacientes em relação aos seus pensamentos e sensações), como no desenvolvimento da doença.

A Organização Mundial de Saúde publica também um livro com um sistema de classificação semelhante ao do DSM-IV, o que sugere que o diagnóstico das doenças mentais específicas está a ser feito de forma consistente em todo o mundo.

Contudo, para que a classificação destas patologias de torne de mais fácil compreensão apresentamos abaixo uma forma básica de classificar estes distúrbios, que consiste na divisão de duas categorias principais, a neurose e a psicose, em diversas subcategorias mais específicas.



NEUROSE: é chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) do seu problema, ou seja, existe contacto com a realidade, porém há manifestações psicossomáticas, que podem ser notadas pelo individuo, e que servem como “aviso” para a pessoa procurar tratamento psicológico, ou psiquiátrico.

Existem inúmeras subclassificações, como por exemplo:

1) TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo: é a repetição de algum acto diversas vezes durante o dia, não controlável e causador de grande ansiedade;

2) Síndrome do pânico – causa grande aflição e medo perante determinada situação;

3) Fobias – é o medo exagerado a determinada situação. Pode ser medo de ambientes fechados (claustrofobia), medo de água (hidrofobia), medo de pessoas (sociofobia), etc;

4) Transtornos de ansiedade – o indivíduo têm ataques de ansiedade antes ou depois de realizar algo, ou muitas vezes mesmo sem realizá-lo;

5) Depressão – também chamada de distimia, ou depressão maior, caracteriza-se pelo isolamento e medo do mundo exterior. Causa baixa auto-estima e pode levar ao suicídio;

6) Síndrome de Burnout – é a consequência de um grande estímulo de stress, como conflitos no trabalho ou entre a família. Causa isolamento e falta de vontade;

7) Distúrbio bipolar de Animo – O individuo muda de estado de espírito e volta ao normal num curto período de tempo. É um problema que surge com bastante frequência nos dias de hoje e que precisa de acompanhamento médico profissional na maioria dos casos.



PSICOSE: caracteriza-se pela intensa fuga da realidade, é ao que a filosofia e as artes chamam loucura, propriamente dita. Pode ser classificada de três formas: pela manifestação, pelo aspecto neurofisiológico e pela intensidade.

  • Manifestação: divide-se em dois tipos principais:

1) Esquizofrenia: tem como aspectos principais a fuga da realidade, as manias de perseguição, as alucinações, entre outros. Têm ainda subdivisões, que são:

Esquizofrenia paranóica;

Esquizofrenia desorganizada (ou hebefrénica);

Esquizofrenia simples;

Esquizofrenia catatónia;

Esquizofrenia indiferenciada.

2) Transtorno de afecto bipolar: tem por característica picos muito grandes de humor, em pequenos espaços de tempo, nalguns aspectos assemelha-se à depressão e à mania (euforia), por estes dois aspectos este transtorno também é conhecido como psicose maníaco-depressiva. O doente sofre de mudanças de humor constantes, sendo perigoso em fases maníacas, retraído, podendo chegar ao suicídio quando no estado depressivo.

  • Aspecto neurofisiológico:

1) Funcional: afecta apenas o funcionamento do aparelho psíquico.

2) Orgânico: problema caracterizado pelas mudanças ocorridas na química do cérebro, ou em mudanças fisiológicas e estruturais.

  • Intensidade: como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do doente.

1) Aguda: também chamada de fase de surto. Ocorre quando o doente se torna violento, impulsivo e fora da realidade, é necessária observação psiquiátrica constante, pois o doente oferece risco para si e para os outros.

2) Crónica: é a fase de relaxamento do doente, onde ele está fora da realidade, mas não põe em risco os outros, ou a sua própria vida. Este estádio é permanente e resulta de algum caso onde não há cura.

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