sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sintomas


A esquizofrenia pode desenvolver-se gradualmente, tão lentamente que nem o paciente nem as pessoas próximas percebam que algo está errado: só quando comportamentos abertamente absurdos se manifestam. Por outro lado há pacientes que desenvolvem esquizofrenia rapidamente, em questão de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda o seu comportamento e entra no mundo “esquizofrénico”, o que geralmente alarma e assusta muito os familiares. Geralmente os primeiros sintomas são:

  • a dificuldade de concentração, que pode prejudicar o rendimento nos estudos;
  • estados de tensão de origem desconhecida mesmo pela própria pessoa;
  • insónias;
  • desinteresse pelas actividades sociais;
  • isolamento.
Enquanto o tempo passa os sintomas se aprofundam, o paciente apresenta uma conversa estranha, irreal, passa a ter experiências diferentes e não usuais. No que se refere às manifestações clínicas da doença, podem distinguir-se sintomas positivos e negativos:

Sintomas positivos:

Alucinações: este sintoma evidencia-se com a percepção de qualquer coisa que, na realidade, não existe. O exemplo mais comum de alucinação é a alucinação auditiva, devido à qual o doente ouve vozes que, na realidade, não existem e que, por isso, as outras pessoas não ouvem.

Delírios: são falsas convicções das quais o doente está seguro, pelo que convencê-lo do contrário é impossível. O doente pode convencer-se de que os outros têm as mesmas convicções que ele ou então de que é dotado de poderes especiais.

Comportamento bizarro: manifesta-se sob a forma de um comportamento extravagante ou agressivo no confronto com situações que o doente não consegue enfrentar de outro modo.

Dissociação do pensamento: na prática, é a distorção da forma de pensamento, como a tendência para construir frases incompreensíveis, inventar palavras inexistentes, passar sem parar de um argumento para outro. Resumindo, o indivíduo tende a manifestar ideias absurdas.

Sintomas negativos:

Mais do que de sintomas, deve falar-se de perda de sentimentos e emoções, pois o doente não reage aos acontecimentos que deveriam perturbá-lo e não experimenta as emoções que outras pessoas em determinadas circunstâncias experimentam. O comportamento, torna-se, por isso, abúlico, sem iniciativa, notando-se uma perda da energia interior e uma enorme restrição de interesses e actividades. As relações sociais diminuem, a afectividade torna-se menos marcada. Em síntese, o esquizofrénico manifesta:
  • Falta de emoções;
  • Isolamento;
  • Dificuldade de concentração;
  • Apatia, ou estado de total indiferença e desinteresse face a qualquer tipo de estímulo.

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