domingo, 17 de maio de 2009

Tratamento

Antigamente, a doença da esquizofrenia era em todo desconhecida, pensando que eram possuídos em muitos casos. Deste modo, muitos tratamentos ou experiências foram testados nestes doentes esquizofrénicos, havendo muitos resultados negativos. Como por exemplo, o Dr. Ewen Cameron acreditava ter encontrado uma cura para a esquizofrenia. A sua teoria era de que o cérebro poderia ser reprogramado para ser saudável através da imposição de novos padrões de pensamento. O seu método consistia em fazer os pacientes usarem auscultadores e ouvirem mensagens tocadas repetidas muitas vezes por dia ou até semanas, para fazerem ou pensar como a mensagem menciona. Porém, concluiu-se como sendo um fracasso, quando até a CIA utilizou.

Presentemente não se conhece a cura, mas podem haver várias intervenções perante a esquizofrenia (para ajudar a tratar os sintomas):
  • Acompanhamento médico-medicamentoso;
  • Psicoterapia;
  • Terapia ocupacional (individual ou em grupo);
  • Intervenção familiar;
  • Psicoeducação.
Os medicamentos principais para a esquizofrenia chamam-se antipsicóticos (os neurolépticos) que actuam nos receptores da dopamina no cérebro reduzindo a produção endógena deste neurotransmissor, bloqueando os receptores ou vias da dopamina (apoia a teoria neurobiológica) ligados ao Sistema límbico do cérebro e o seu sucesso constitui uma forte evidência da importância das alterações bioquímicas na patogenia da doença conhecida como hipótese dopamínica (que talvez sejam uma resposta secundária a eventos causadores da doença como o são as alterações comportamentais). São eficazes no alívio dos sintomas em 70% dos casos.
Deste modo, estes fármacos ajudam a aliviar os sintomas da esquizofrenia, ajudando a corrigir o desequilíbrio bioquímico do cérebro. Porém, usualmente os doentes com doenças mentais podem necessitar de experimentar diversos antipsicóticos antes de encontrarem o medicamento (ou uma combinação destes) mais adequado.
Em concreto existem dois grandes grupos de medicamentos para tratar a esquizofrenia, sendo estes:
  • Neurolépticos típicos ou convencionais (por exemplo: haloperidol, clorpromazina, evomepromazina,...);
  • Atípicos ou de nova gereção (por exemplo: risperidona, olanzapina, clozapina,...).
Como exemplos, cada antipsicótico pode servir para tratar especificamente algum factor da esquizofrenia:
  • Esquizofrenia;
  • Transtornos delirantes;
  • Crises maníacas;
  • Transtorno de Tourette;
  • Depressão psicótica ;
  • Psicoses tóxicas e orgânicas;
  • Patologia de Huntington;
  • Transtorno esquizoafectivo;
  • Autismo.
Estes fármacos têm efeitos secundários: boca seca, prisão de ventre, visão turva e sonolência. Em alguns casos, as pessoas ficam com menos desejo sexual, têm alterações menstruais ou sofrem um aumento significativo de peso. Também existem outros efeitos secundários que se relacionam com os músculos e com o movimento, como a inquietação motora, rigidez, tremores e existe com menos frequência (entre 15 a 20% pessoas que utilizam estes medicamentos, geralmente após vários anos de tratamento) o efeito mais desagradável e grave dos medicamentos antipsicóticos, sendo difícil de tratar, que é a discinesia tardia. Esta consiste em movimentos faciais incontroláveis e, por vezes, em movimentos anormais de outras partes do corpo. Todavia, usando os antipsicóticos mais recentes, os chamados atípicos, é muito menos provável desenvolver este tipo de problema.
Presentemente, existem pesquisas que estão a desenvolver medicamentos mais eficientes e procurando entender as causas da esquizofrenia para encontrar formas de prevenção e tratamento. Também, através da Imagiologia cerebral, que consiste em retirar informações preciosas a nível do funcionamento orgânico das áreas disfuncionais e afectadas nestes sujeitos através de imagens de alta resolução do cérebro pode-se analisar os danos cerebrais da esquizofrenia e avaliar a eficácia dos medicamentos, na evolução dos danos causados pela progressão desta doença.

É vital o reconhecimento precoce dos sinais de esquizofrenia, pois o tratamento da esquizofrenia com o aparecimento dos primeiros sintomas é mais favorável.
O conhecimento por parte do doente acerca da sua doença e os seus sintomas é bastante útil, desempenhando um papel activo no tratamento e controlo da mesma. Assim, os cuidados que um esquizofrénico deve ter são:
  • Permanecer fiel ao seu tratamento;
  • Conservar um ritmo de sono com as horas necessárias;
  • Evitar o stress;
  • Manter rotinas normais, de higiene, alimentação, actividade em casa e no exterior;
  • Evitar as drogas;
  • Procurar ter horas para dormir, comer e trabalhar;
  • Fixar um programa de actividades para cada dia;
  • Permanecer em contacto com outras pessoas;
  • Manter o contacto com o psiquiatra/equipa de saúde mental;
  • Praticar desporto.
A intervenção activa da família é essencial para o tratamento, reabilitação e reinserção social, onde, com auxílio de técnicos de apoio, permite que esta sobrevive às dificuldades. Assim, a família deve estar preparada para as recaídas do doente e é importante o apoio, a comunicação e as visitas.
Também, de acordo com a influência dos factores ambientais como causa da doença, proporcionar alivio das tensões e tudo que traga tranquilidade ou que relaxe também é benéfico.
Porém cada tratamento e a situação de doença depende de cada um dos indivíduos, pois pode variar.

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